Bem no meio do Paraná há um lugar com uma beleza inexplicável, rodeado por morros, vegetação e rios que te fascinam em cada passo que você dá. Esse lugar tem um nome, Parque Estadual do Guartelá.
Conhecido pela maioria das pessoas como Cânyon Guartelá, o parque se localiza na cidade de Tibagi no estado do Paraná. O Parque possui aproximadamente 30 km de extensão e divide o Primeiro e o Segundo Planalto Paranaense. Ele foi formado pela união de diversas fazendas às margens do Rio Iapó e em 1992 se tornou o parque com objetivo de preservar o local.
Para chegar ao local é necessário ir de carro até o bairro do Guartelá, onde as placas (têm muitas mostrando onde fica) te levarão até o estacionamento do parque. Lá há uma casinha, onde você deve assinar o livro de visitantes e pegar algumas instruções. Atualmente existem duas trilhas a serem feitas. Elas são consideradas: a básica e a completa. A básica você pode fazer sozinho, já a completa é necessário a contratação de uma guia da cidade.
Qual a diferença entre as trilhas? A básica você irá andar por parte do parque, sentido aos Panelões, Ponte de Pedra e Mirante. Agora a completa você irá andar mais pelo parque indo até as Pinturas Rupestres, depois seguirá aos Panelões, Ponte de Pedra e Mirante. Porque deve ser feito com guia a completa? Você adentra mais o local, sendo possível se perder com mais facilidade e também há locais de riscos como áreas com “Vespas Gigantes” (confesso que não lembro o nome exato delas, mas de acordo nosso guia elas ficam em cantos de pedras e uma picada da mesma, acaba com o seu passeio).
Agora darei a minha humilde opinião, muitos podem discordar, mas é o que eu realmente considerei. Não achei necessário ir até as Pinturas Rupestres. Existem dois locais no parque com essas pinturas milenares, um deles elas estão bem conservadas, porém NÃO PODEMOS IR ATÉ LÁ, é uma área restrita. E onde nós podemos ir você só consegue ver borrões vermelhos. O guia até tenta te explicar o que são as imagens, mas não achei que vale a pena. Só que nesse momento irei me contradizer, porque a diferença em ir com um guia é que ele te leva até esse ponto da trilha, certo? Não voltaria até ali, mas com certeza contrataria um guia. Porque sou daquelas que pergunta o nome das arvores, dos animais, das pedras e tudo mais.
Onde pode contratar um guia? Existem três agências de turismo na cidade, a Tibagi Aventuras, a Parada do Guartelá e a Tibagi Ecoturismo. Eu fechei com a primeira mencionada, o valor do guia foi de R$ 35,00 por pessoa. E o achei ótimo, explicou tudo e foi paciente com a minha pessoa sedentária que ficava parando a cada momento.
Como fomos com o guia, começamos então indo até a Lapa Ponciano que é onde estão as Pinturas Rupestres, depois voltamos a trilha e não paramos nos famosos Panelões (deixamos eles para o final). Assim fomos até a Ponte de Pedra, na verdade a trilha te leva em um local que você irá admirar essa ponte, pois não é mais possível ir até a ponte. Ela estava se degradando e caindo com as pessoas indo e passando por ela. Se você está imaginando o que seria essa ponte, irei te explicar. Ela é uma obra da natureza, há um grande Salto no parque, ele têm “dois andares”, sendo o primeiro menor que o segundo, mas ao fim do primeiro há uma ponte natural, formada por pedras que o atravessa e é simplesmente incrível.
Depois dali fomos ao mirante, onde você observa lá em baixo o Rio Iapó que cruza todo o Cânyon. Como fomos no período da tarde, e chegamos no mirante por volta das 16h30m, o sol ao bater no rio, reflete a luz, deixando ele prateado. É algo fascinante.
Após o Mirante retornamos a trilha até os Panelöes, o que seriam esses panelões? O porque do nome realmente não sei lhe dizer, mas irei te explicar de forma bem leiga, isso para que você consiga entender sobre eles. Antes de tudo, ao vermos obras naturais como os panelões e a ponte de pedra são os momentos em que pensamos “A NATUREZA É *$@#.” Fico incrédula de como ela consegue fazer algumas coisas tão perfeitamente. E os Panelões são assim, buracos em meio a pedras de aproximadamente 1,20m de profundidade, aonde a água que vem do rio entra nele formando uma “Jacuzzi Natural” e a água não transborda, ela escorre por um minúsculo buraquinho ao fundo. Que deságua em uma pedra mais a frente e forma uma cachoeira. Se devemos entrar? As respostas são: sim, claro ou óbvio. Acredito que seria uma experiência única, entrei mesmo com a água bem gelada (fui em pleno inverno), e ameeeeeeei entrar. Se vier a duvida de como fazer para sair de dentro dos panelões, é bem simples, há umas correntes presas as margens em que você deve segurar e escalar eles. Não é difícil não, dá para entrar e sair sozinho, sem ajuda de ninguém.
Iniciei a trilha às 13h45m e encerrei às 17h45, foram aproximadamente 9,5 km caminhados com 04h de duração. O parque te transmite uma calmaria, uma paz que te contagia e você com certeza aprecia toda a natureza a sua volta. Vale a pena conhecer essa joia preciosa que o Paraná possui.
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