Castelo Garcia D’Ávila

Um dos principais pontos turísticos da Praia do Forte é o Castelo Garcia D’Ávila, um local diferente a ser visitado nesse destino de praia, um tour cultural e histórico incrível.

O local atualmente pertence a Fundação Garcia D’Ávila e ele foi o único castelo medieval do Brasil. Hoje, dele só restam suas ruínas, por isso a Fundação cuida de sua memória, estrutura, divulgação e muito mais.

História do Castelo Garcia D’Ávila

Primeiramente devo dizer que o castelo também é chamado como Castelo da Torre e ele foi levantado entre 1551 e 1624. Quem solicitou sua edificação foi Garcia D’Ávila, almoxarife do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. Com isso, o local se tornou uma das primeiras construções portuguesas em nosso país.

No início, o castelo agiu com objetivos militares e residenciais, dessa maneira foi por mais de 300 anos. Ele também foi a sede do maior latifúndio do mundo, com mais de 800 mil km² de terras (de Salvador até o Maranhão). Em 1835 a família Ávila o abandonaram e regressarem à Europa. E nos dias atuais, ele pertence a Fundação Garcia D’Ávila.

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Passeio pelo Castelo Garcia D’Ávila

O horário de funcionamento do local é de terça a domingo, das 10h às 18h. Ao chegar na Fundação, há um grande estacionamento gratuito. No dia em que fomos, tinham poucos automóveis e realmente haviam pouquíssimos turistas lá dentro, o que deixou o passeio bem agradável.

A primeira parada é no centro de visitantes, ali estava uma funcionária da fundação em que nos explicou o caminho que devíamos seguir e fez a cobrança de R$ 30,00 por pessoa. Depois seguimos para uma sala em que possuía uma TV e diversas cadeiras. Ali, passava um vídeo que dava uma introdução em o que era a Fundação Garcia D’Ávila.

Após assistirmos o vídeo, adentramos o museu. Por todo o local há placas explicando sobre a história, sobre os artefatos expostos e sobre estudos que muitos pesquisadores fazem na região. Também há muitos vídeos e tótens interativos para que a visitação fique mais dinâmica e mais interessante.

Para mim, o que mais gostei dentro do museu foi de uma maquete de como era o castelo antigamente. Portanto, ela apenas representa como foi a estrutura do castelo quando construído. O que achei bem interessante é que conseguimos entender como ele era realmente e ele era bem bonito.

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Dali seguimos até as ruínas do Castelo Garcia D’Ávila. Todo esse caminho é maravilhoso e logo que vai chegando às ruínas, ao seu lado esquerdo há diversos bancos expostos. Esses voltados às ruína e utilizados em dias de eventos no local. Confesso que até chegar perto das ruínas, tava achando o passeio bem sonso, mas quando fui chegando e vi uma gameleira com mais de 100 anos e ao lado as ruínas, me apaixonei pelo lugar.

Impossível entrar no local e não pensar na história do local. Para cada canto que eu olhava, tentava imaginar o que podia ter acontecido ali. A primeira porta do castelo em que entramos, na verdade era a porta principal da capela Nossa Senhora da Conceição. Esta é bem pequena, mas muito charmosa e conservada (acredito que é a única parte total conservada do local). A conservação foi dada devido a comunidade ter continuado a utilizar a capela após o abandono da família Garcia D’Ávila, assim fazendo reformas e manutenções.

Ao redor da capela se encontram as ruínas do Castelo Garcia D’Ávila. Você pode entrar nessas ruínas e passear por elas. Nessa parte não há muitas placas com explicações, mas dá para entender as partes dele e melhor ainda, como ele realmente era. Muitas dessas ruínas ainda estão sendo estudadas e em algumas partes foram adaptadas para visitação, com estruturas de metais. Dessa forma, não há degradação da construção e você conhece melhor o local andando por passarelas e escadarias de ferro.

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Pensando na preservação do que resta do castelo, foram feitas outras implantações, como reforços de estruturas de aços nas janelas, para sustentação e implantação de placas de metais no chão, para que os visitantes caminhem sob essas e não sob o piso original. Muitos acham isso desnecessário, devido o local já estar danificado. Eu discordo, pois acredito que “antes tarde, do que nunca” para cuidar do local e preservá-lo.

Uma das principais estruturas arquitetônicas do Castelo Garcia D’Ávila são seus arcos. Eles estão parcialmente preservados e em seu fundo dá para admirar uma das paisagens mais incríveis do local. Ficamos olhando as ruínas e a paisagem do local por um bom tempo, antes de voltarmos sentido o centro de visitantes.

Antes de ir embora, o local possui uma lojinha com souvenirs e lembrancinhas. Nesta também acontece venda de algumas comidinhas, como salgados, refrigerantes, águas, sucos, doces, etc. Aliás, o brigadeiro estava com uma cara DELICIOSA.

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Curiosidade o Castelo Garcia D’Ávila

O local foi tombado como um patrimônio histórico em 1938 e construções tombadas não podem ser modificadas. Só que fizeram um projeto de melhorias para o castelo, dentre elas acrescentaram arcos de fibra de vidro para reproduzir a antiga estrutura de arcos de pedra. Só que em 2002 houve um processo em que solicitou que retirassem todos esses arcos de acrílicos, visando a preservação das ruínas do local.